Ministra Marta Suplicy manifesta apoio ao plano de trabalho da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados

Ministra Marta Suplicy manifesta apoio ao plano de trabalho da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados

A ministra da Cultura Marta Suplicy manifestou apoio nesta quarta-feira (03) ao plano de trabalho da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados para 2013. Em audiência pública interativa, a ministra destacou que o colegiado deve priorizar alguns projetos considerados estratégicos e que garantam à sociedade a inclusão cultural. De acordo com a ministra, “a cultura é uma ação formadora, porque ajuda o cidadão a comparar e a criticar e por isso são necessárias ações”.

Para a chefe de pasta, muitos avanços ocorreram nos últimos dois anos, tendo a sanção do Vale-Cultura, Centros Unificados das Artes e do Esporte (CEUs) e o Sistema Nacional de Cultura (SNC). Na opinião da ministra da Cultura, essas ferramentas culturais são novas e flexíveis e é discutindo que se constrói um legado eficiente para a área.

A presidenta da comissão de Cultura, deputada federal Jandira Feghali (PCdoB/RJ), declarou que é mais do que necessário consolidar a cultura como politica de estado. Jandira chamou a atenção dos parlamentares para a urgência de se mobilizarem para uma campanha com o objetivo de analisar e inserir ações reais do programa Cultura Viva para que não haja um retrocesso. Na visão da parlamentar, o programa Cultura Viva ajuda diretamente os pontos de cultura do país: “Também é necessário que acelere a aprovação da lei Cultura Viva na Comissão de Constituição e Justiça”, concluiu.

Já o deputado Paulo Rubem Santiago (PDT/PE) afirmou que é preciso que o Governo invista mais na área cultural. Segundo ele, existem poucas bibliotecas, museus, teatros e cinemas. Para ele, o Brasil sofre uma carência de ferramentas culturais.

Os deputados Jean Wyllys (PSOL/RJ), Luciana Santos (PCdoB/PE) e Prof. Dorinha (DEM/TO) sugeriram a ministra que trabalhe politicamente junto aos demais ministérios, para garantir mais recursos para a Cultura e para uma maior mobilidade e visibilidade de ações culturais. Jean frisou que é necessário, por exemplo, que o Ministério da Educação implemente a Lei 10.639/2003, que modifica a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”. Segundo ele não se pode pensar em fazer um Museu da Dor – que conta a historia dos afrodescendentes – se não ensinarmos os estudantes sobre a identidade afro.

A parlamentar Prof. Dorinha (DEM-TO) sugeriu ainda que o ministério forme uma parceria junto ao Sistema S (Sesc, Senac, Senai e Sesi) já que essas empresas investem em cultura e possuem um rico acervo. Para a deputada, uma parceria seria interessante e produtiva.

A ministra Marta Suplicy adotou as sugestões e reafirmou que a pasta vai trabalhar junto ao Governo para captar mais recursos orçamentários para o próximo ano. A ministra ressaltou que para manter o patrimônio histórico cultural é necessário investir, e citou como exemplos a conservação de prédios antigos e a construção de novos museus.

Comissão de Cultura acolhe manifestantes da Comissão de Direitos Humanos

No caminho contrário da Comissão de Direitos Humanos, que aprovou um requerimento impedindo a entrada de manifestantes no plenário para evitar tumultos, a deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ) acolheu os militantes de grupos sociais durante audiência de quarta.

Revoltados com a medida adotada pelo colegiado presidido pelo deputado Marcos Feliciano (PSC/SP), os manifestantes pediram a permissão para se manifestar na audiência da Comissão de Cultura. Imediatamente, a presidenta Jandira Feghali acolheu o movimento social. De acordo com a parlamentar, a comissão é aberta ao público e as manifestações civis: “Permiti a entrada do movimento pela diversidade e pela liberdade de manifestação e expressão porque aqui é um espaço democrático, plural e aberto à sociedade civil”, declarou.

A ministra Marta Suplicy apoiou o ato da presidenta Jandira Feghali e o movimento civil. Os manifestantes ergueram cartazes pedindo a saída do o deputado Marco Feliciano da presidência da comissão.